Em maio de 2006 uma equipe egípcia de arqueólogos encontrou na região do Faium, atrás do Templo de Medinet Madi, uma estrutura que se acredita tenha sido usada para o trabalho administrativo daquele templo e como área residencial para seus sacerdotes. A serpente Renenutet, o crocodilo Sebek e o falcão Hórus eram adorados na região. As estruturas encontradas incluem um grande edifício administrativo, a residência dos sacerdotes e armazéns de grãos. Foram desenterrados vários selos de ouro com textos hieroglíficos utilizados pelos sacerdotes de Renenutet, um grande número de tabletes de barro da época romana com textos em tinta preta, uma estátua de bronze de uma mulher não identificada, e uma estátua de esfinge acéfala feita de pedra calcária.
Também foi encontrado um relevo de pedra calcária mostrando o faraó Amenemhet III (c. 1844 a 1797 a.C.) sob a forma de touro junto com o deusa Renenutet, bem como papiros com textos em demótico e outros escritos em grego. Os arqueólogos acreditam que os papiros sejam correspondências reais e oficiais, das quais uma delas é uma carta enviada pela esposa de Ptolomeu I (304 a 284 a.C.) para um sacerdote do templo de Renenutet expressando a gratidão dela por todo o esforço feito por ele para manter o templo. Medinet Madi é o único templo que ainda existe do Império Médio (c. 2040 a 1640 a.C.) e foi construído por Amenemhet III quando compartilhava o trono com seu filho Amenemhet IV (c. 1799 a 1787 a.C.). Uma de suas características é o grande número de esfinges com cabeça de leão em seu recinto, como esta que vemos acima, em foto de autoria e copyright de Andie, que mantém o blog Egyptology News.
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